segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O que é coerência textual?

Coerência textual é uma relação harmônica que se estabelece entre as partes de um texto, em um contexto especifico e que é responsável pela percepção de uma unidade de sentido.

Na e para a produção de sentido do texto, é preciso que o leitor ative conhecimentos previamente constituídos e armazenados na memória.

A coesão por si só não é responsável pela coerência textual, porque a coerência não esta no texto, mas é construída pelo leitor com base em seus conhecimentos e na materialidade lingüística do texto.

Vejamos, então, a definição encontrada no Aurélio para coerência.

Coerência

1. Qualidade, estado ou atitude de coerente.
2. Ligação ou harmonia entre situações, acontecimentos ou idéias; relação harmônica, conexão, nexo, lógica.

Observem que a definição apresentada não vincula explicitamente a coerência a textos. Ora, como vocês sabem, buscamos continuamente a existência de sentido, seja em nossas atividades de reflexão, seja ao interpretarmos o que continuamente se passa ao nosso redor.

Concluímos então que ninguém é incoerente porque quer, mas sim devido à falta de habilidade no uso da língua. É por isso que quando apontamos alguma incoerência na fala de algum interlocutor ou no texto de alguém, ouvimos respostas como: “Mas não foi isso que eu quis dizer!” ou “Puxa! Não acredito que eu escrevi isso!”.

Referências:

ABAURRE, Maria Luiza; FADEL, Tatiana; PONTARA, Marcela Nogueira. Português Língua e Literatura. São Paulo: Moderna, 2000.

ELIAS, Vanda Maria; KOCH, Ingedore Villaça. Ler e Compreender os Sentidos do Texto. São Paulo: Contexto, 2006.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Livro: "A Queda da Propaganda"

Al Ries e Laura Ries, pai e filha, são sócios de uma firma chamada Ries & Ries, em Atlanta, Estados Unidos. Autores de best-sellers e famosos estrategistas de marketing, essa dupla faz do livro, A queda da propaganda – da mídia paga à mídia espontânea (traduzido assim em português) uma forma inovadora de ver essa área tão competitiva.

Após esclarecer o conceito usado para a palavra propaganda e o usado para a palavra publicidade, o livro começa a trilhar um caminho em meio às divergências existentes entre esses dois conceitos.

Além da introdução, a obra é composta por cinco partes muito dinâmicas e de fácil compreensão, até mesmo por pessoas que acabaram de entrar nessa área.

A primeira parte do livro fala sobre a queda da propaganda que é justificada por meio de alguns fatores como a exagerada criatividade e arte de que são compostas as propagandas e que, muitas vezes, ofuscam o produto e as colocam em evidência em busca de prêmios para suas agências. Outro fator é o que os autores chamam de efeito “papel de parede” (p.30), que é a tendência das pessoas de se ‘desligarem’ destas pelo seu grande volume e pela sua diversidade, ou seja, falta-lhe credibilidade. É nessa parte também que os autores lançam a questão central do livro, publicidade (Relações Públicas) para construir a marca e propaganda apenas para divulgá-la.

A segunda parte fala sobre a ascensão da relações públicas que é responsável pelas estratégias de construção da marca. Por meio dos cases, dá uma visão ampla de como construir uma marca levando em consideração uma série de fatores como “o tamanho da empresa não constrói a marca” (p.117) e “extensões de linha são prejudiciais aos negócios, o melhor mesmo seria investir em outra categoria”. (p.189)

Na terceira parte, os autores propõem uma redefinição das funções exercidas por essas duas áreas. A obra é bem realista quando assume que existem algumas marcas que não podem ser construídas por um trabalho de relações públicas e sim de propaganda e quando declara que a maioria dos programas de relações públicas não consegue criar um modismo mas, com muito custo criam uma tendência. Durante os capítulos, enfatiza a questão da fidelidade e posicionamento das pessoas diante do trabalho dessa profissão.

Na parte final, além de fazer uma comparação rápida e dinâmica entre vários pontos dessas duas áreas, os autores relatam alguns cases de empresas que perderam muito dinheiro com o alto custo da propaganda, com as extensões de linha e com o lançamento de novas marcas pela propaganda quando, na verdade, são as marcas antigas que precisam de propaganda pra viver. As novas precisam de publicidade, entenda-se, credibilidade. A solução para essa questão está começando a ser divulgada entre as empresas, principalmente norte-americanas: contratar o serviço de um profissional de relações públicas. Mas, não é tão fácil assim. Os autores expõem que o trabalho de um relações públicas exige paciência, coragem, flexibilidade e audácia para enfrentar todos os desafios de construir uma marca. Será que as empresas estão preparadas para isso? Aqui no Brasil, ainda teremos que esperar um pouco para responder essa pergunta.

Quebrar paradigmas é o maior desafio desse livro. “Quando existe um cão dominante na comunidade do marketing há mais de cem anos,” (propaganda) “é de esperar que haja resistência à tentativa de colocar as relações públicas em ação.” (p.283). Outros desafios são o de ‘contestar a poderosa’ propaganda que “é responsável por 2,5% do PIB dos Estados Unidos” (p.287) e disponibilizar maior quantidade de profissionais qualificados para atuar na área de relações públicas.

Considerando que o livro é um dos poucos a tratar do assunto, ainda há muito o que aprimorar em termos da sustentação dos argumentos. Apesar da leitura ser necessária aos profissionais de comunicação porque contém muitas informações atuais, ela deve ser crítica. Do ponto de vista de recém-chegados à área, é um livro que fornece muitas dicas e desperta o interesse em conhecer mais sobre o assunto.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Curiosidade: O que é Rapport?

Alguns termos são utilizados em literatura ou no próprio dia a dia e muitas vezes não sabemos sua origem. Um deles é o rapport, que ao contrário do que muitos imaginam, não é um termo americano, mas sim francês, que significa relação.

Mas o que significaria um rapport no meio corporativo?É conseguir estabelecer um canal adequado de comunicação entre as duas partes, de forma equilibrada, ouvindo e escutando efetivamente.

No rapport a linguagem não verbal também influencia, como gestos, olhares, expressões, assim como o tom da linguagem verbal, como ironia, desprezo, etc.

Fazer um rapport é estar sintonizado efetivamente com a outra pessoa, seu interlocutor, durante o diálogo.

Independentemente do termo, o que importa é desenvolver as características comportamentais do rapport e ter consciência da sua influencia.

Até a próxima!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Acumular competências, fazer muitos cursos, ser altamente competitivo...

Segundo um artigo publicado na revista Vencer, não é necessário sermos altamente competitivos para alcançar o sucesso. No artigo, é citada a historinha de um jovem que começou a trabalhar aos 16 anos como Office-boy em um banco e chegou a ser vice-presidente do mesmo.

Para uma geração de profissionais anterior a nossa, esse seria o script de uma carreira de sucesso. Mas para nós, profissionais modernos, é difícil acreditar que uma carreira que se iniciou como office-boy poderia chegar a um cargo tão alto, 44 anos depois.

Afinal, que competências e habilidades esse rapaz tinha para fazer uma carreira tão brilhante? Por acaso ele tinha capacidade empreendedora, espírito inovador, flexibilidade, criatividade, dinamismo, liderança, bom relacionamento interpessoal, visão sistêmica etc.etc.etc.?

É inegável que no mundo de 30 ou 40 anos atrás, muita gente fazia carreira dessa forma, o mercado era bem menos complexo que o de agora. Mas hoje, devido á realidade do mundo corporativo, o profissional já inicia a carreira com diploma superior, pelo menos um idioma estrangeiro, tendo domínio de ferramentas de informática e uma lista de conhecimentos, habilidades e atitudes.

O que complica o sucesso da maioria das pessoas é a crença de que precisam ser altamente competitivas para chegar lá. As pessoas criam um acúmulo de atividades, interesses e focos de atenção que podem mais atrapalhar do que melhorar o seu desempenho no trabalho.

O importante na carreira, assim como na empresa, é definir o foco e a partir daí, definir quais são os conhecimentos, habilidades e atitudes, ou seja, quais são as competências fundamentais para atingir o seu objetivo.

Tanto a empresa, quanto o profissional, precisam perceber que ele é ou pode ser único, e isso faz a diferença, trabalhar com o foco no que deve ser conquistado.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Responsabilidade Social nas empresas

A responsabilidade social é a relação ética e transparente entre uma empresa e seus públicos, e faz com que todas as suas ações sejam planejadas para um desenvolvimento sustentável, responsabilidade ambiental, e etc. É essa ética que mostra os princípios e valores da empresa, e juntamente com a responsabilidade social, melhoram a imagem da organização. O importante é o discurso ser coerente com a ação.

Uma empresa que adota a prática de responsabilidade social só obtém resultados positivos, se realizado corretamente. É preciso que a empresa “viva” essa responsabilidade, para que esteja presente em todos os projetos, e com isso, a empresa valoriza sua marca, fideliza clientes, entre outros benefícios.

Muitas pessoas confundem filantropia com responsabilidade social, e há uma grande diferença entre os dois. A filantropia é uma ação externa, que beneficia principalmente a comunidade (associações e conselhos comunitários, organizações não-governamentais, etc); já a responsabilidade social se preocupa com todos os públicos (governo, fornecedores, funcionários, acionistas, comunidade, consumidores e etc) e está envolvida nos negócios da organização.

Todos os tipos de empresa podem desenvolver ações de responsabilidade social, independentemente do setor, do porte e quantidade de funcionários, pois o importante é ter consciência e vontade política.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A importãncia da pesquisa em comunicação

Fazer pesquisa não é fácil, a única maneira de se aprender é fazendo, não existe formula mágica e sim algumas noções básicas de metodologia, técnicas de pesquisa, seriedade e, sobretudo trabalho em equipe e consciência social.

A pesquisa visa resolver problemas específicos, gerar ou avaliar teorias existentes; não existe pesquisa sem teoria, ela está presente em todo o processo de pesquisa.

Aos poucos as organizações vão observando que é mais difícil planejar a comunicação de forma estratégica e competente sem esses recursos metodológicos embora as empresas brasileiras ainda se baseiam em intuições e percepções, afinal investir em pesquisa é um investimento alto e as organizações não contam com esse orçamento.

Muitos executivos partem do pressuposto que a pesquisa são irá trazer resultados desfavoráveis, mas uma empresa moderna que busca uma comunicação estratégica não pode ignorar a importância da pesquisa em comunicação afinal ela continuará dando um tiro no escuro, buscando solução para problemas que possam nem existir.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Comunicação Externa: promovendo a boa imagem da organização

Qualquer negócio ou organização tem necessidade de comunicar os seus produtos, serviços ou atividades, de forma a atingir o público-alvo das mais variadas formas.

A comunicação externa compreende todo tipo de informação que esteja ligada com as atividades que a organização desenvolve com o intuito de atingir seu público, é responsável pelo posicionamento e imagem da organização na sociedade, tem o propósito de promover a imagem da empresa, através da divulgação na imprensa dos acontecimentos que a organização realiza. Por isso, seu foco é a opinião pública. E como está sempre em constante mudança, o comunicador tem como dever acompanhar as tendências da opinião pública.

Diante dessas constantes mudanças na sociedade, do novo cenário mundial, da concorrência acirrada em todos os setores e segmento, as organizações estão mais preocupadas em avaliar as atitudes dos consumidores. As novas estratégias das organizações se voltam para providência e ações de evitar a postura low-profile, saber se defender no momento certo e com um discurso adequado, preparar melhor seus porta–vozes para evitar “surpresas” e desenvolver cultura de excelência (busca permanente de qualidade) de produtos e serviços.

A comunicação externa melhora a transparência nas ações da empresa ou instituição, contribuindo para aperfeiçoar todas as relações da organização, para a produtividade, o lucro, cidadania e a boa imagem da empresa.